Renascimento O alto classicismo do século XVI teve seus mais rigorosos representantes em Bramante, que realizou o tempietto de São Pedro, em Roma, com a planta centralizada e a enorme cúpula de estilo sóbrio e austero, e em Rafael, que pintou composições equilibradas e harmoniosas, com personagens delicadas e de grande beleza ("Retrato de Baltazar Castiglione"). Em Veneza, Andrea Palladio construiu diversas mansões campestres e criou o "motivo palladiano", um vão semicircular entre dois vãos adintelados. O Renascimento literário italiano teve como seu grande precursor Petrarca, que difundiu os modelos clássicos e renovou a métrica de sua língua. Em seguida foram estudadas as teorias literárias de Horácio, resgatadas por eruditos como Gian Giorgio Trissino e Julius Caesar Scaliger, que em suas Poetice (1561; Poéticas) estabeleceu a regra das três unidades (tempo, lugar e ação), conforme o modelo aristotélico. Partindo da Itália, essa corrente classicista estendeu-se por toda Europa, chegando até à corte francesa de Francisco I (Fontainebleau), à corte espanhola de Carlos V (I da Espanha) e Felipe II (o Escorial), e à corte portuguesa de D. João III, em que viveu Camões, um dos mais altos poetas do Renascimento. Depois dos grandes mestres, porém, seus seguidores caíram freqüentemente no academicismo e na imitação, realizando obras "à maneira" (maneirismo) dos grandes mestres. Esse espírito anticlássico maneirista transformou-se numa corrente barroca que, na Itália, tomou dois caminhos opostos: o naturalismo de Caravaggio e o classicismo dos irmãos Carracci, artistas ecléticos que se basearam nos grandes mestres do século XVI para decorar a galeria do palácio Farnese, e conferiram grande importância à natureza e ao desenho. Veja também:
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