Max Scheler
(1874 - 1928)

Contrário a uma ética de bases relativistas, o filósofo alemão Scheler destacou-se pela abordagem fenomenológica do mundo dos valores mediante a qual formulou uma ética material.

Max Scheler nasceu em Munique em 22 de agosto de 1874. Estudou na Universidade de Jena, onde depois foi professor até 1907, quando voltou a lecionar em Munique. Em 1910 tomou contato com discípulos de Edmund Husserl. Radicou-se depois em Berlim, até 1917, para escrever. Entre 1917 e 1919, trabalhou para o Ministério das Relações Exteriores de seu país e a seguir retomou a atividade acadêmica em Colônia.

A partir do estudo da fenomenologia de Edmund Husserl, Max Scheler procurou descobrir a essência das atitudes mentais e a relação que estas mantêm com seus objetos. No trabalho Der Formalismus in der Ethik und die materiale Wertethik (1913-1916; O formalismo na ética e a ética material dos valores) defende uma ética construída sobre bases materiais. Para o filósofo, há um tipo de experiência cujos objetos são inacessíveis ao entendimento, mas que revela autênticos objetos, os valores. Estes, embora sejam fenômenos qualitativos, são objetivos, ou seja, independem do sujeito. O homem apreende os valores mediante uma intuição análoga à "razão do coração" de Pascal. O sentimento primordial do valor, bem como sua existência até certo ponto objetiva precede o dever, o direito, a lei e mesmo o fato sócio-moral. O valor é o conteúdo imediato de todo objetivo; em conseqüência, os atos de aprovar, afirmar ou preferir baseiam-se num valor individual ou social. O dever está ligado a valores, pois todas as coisas que cercam o homem exercem em relação a ele uma atração positiva ou negativa.

O filósofo analisou o sentimento religioso como consubstancial à consciência humana em Vom Ewigen im Menschen (1921; Do eterno no homem). Em seguida, Scheler publicou o tratado psicológico Wesen und Formen der Sympathie (1923; Essência e formas da simpatia) e sua principal contribuição para a filosofia sociológica, Die Wissensformen und die Gesellschaft (1926; As formas do saber e a sociedade). Na obra Die Stellung des Menschen im Kosmos (1928; O lugar do homem no cosmos), revela a sua inclinação para o panteísmo. Max Scheler morreu em Frankfurt em 19 de maio de 1928.

     
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