György Lukács
(1885 - 1971)

Autor de numerosos ensaios e obras polêmicas sobre temas filosóficos, políticos e literários, Lukács foi chamado de "o Marx da estética", por ter elaborado uma teoria estética marxista, com base nos pontos de vista de Marx e Engels sobre arte e literatura.

György Lukács nasceu em Budapest, Hungria, em 13 de abril de 1885. Estudou nas universidades de Budapest, Berlim e Heidelberg e aos 17 anos começou a escrever crítica teatral. Sua primeira obra de repercussão foi Die Seele und die Formen (1911; A alma e as formas), de perspectiva neokantiana. Com Die Theorie des Romans (1916; A teoria do romance) evoluiu de Kant para Hegel e seu pensamento se abriu à história.

Marxista a partir de 1917, no governo de Bela Kun (1919), com quem depois rompeu, Lukács foi comissário do povo para a educação. Exilado em Viena, publicou Geschichte und Klassenbewusstsein (1923; História e consciência de classe), obra principal do marxismo heterodoxo. Com o advento do nazismo, transferiu-se para a União Soviética, mas voltou para a Hungria após a derrota de Hitler. Manteve então memorável polêmica com os existencialistas Karl Jaspers, Jean-Paul Sartre e Maurice Merleau-Ponty. Em 1956, após a denúncia dos crimes de Stalin, retomou por um tempo a atividade política, mas com a intervenção soviética na Hungria exilou-se por cinco meses na Romênia. De volta a seu país, dedicou-se à análise das deformações sofridas pelo marxismo-leninismo na época stalinista e à elaboração de Die Eigenart des Ästhetischen (1963; A particularidade do estético).

Nos últimos anos de vida sua preocupação central foi elaborar uma ontologia do marxismo, ligada a sua disposição de esclarecer os pressupostos da teoria do conhecimento-reflexo e das deformações ideológicas. Essa preocupação marca seu reencontro com o tema da alienação, que redescobrira em 1923 e que o levou a perceber um aspecto do pensamento marxista que só seria mais bem compreendido com a publicação, em 1931, dos Manuscritos de 1844, de Karl Marx.

Defensor do realismo, inimigo do naturalismo e do romantismo, dedicou-se a escrever sobre os grandes autores clássicos, que tinha na conta de superiores, esteticamente, aos experimentalismos de vanguarda. Lukács morreu em Budapest em 4 de junho de 1971.

     
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