Dúvida


Para o homem comum, a indecisão intelectual e a hesitação prática são situações que se devem evitar ou superar. Em filosofia, no entanto, a ausência de convicção pode ser tomada de outra forma: ela foi considerada por diversos pensadores como um dos caminhos para o conhecimento.

A dúvida se apresenta quando, confrontado com alternativas excludentes, a pessoa não encontra critério ou razão suficiente em que basear sua escolha. Filosoficamente, a dúvida é a suspensão do juízo, a impossibilidade ou incapacidade de aplicar satisfatoriamente certos conceitos à realidade percebida ou concebida.

Os céticos, em especial os da antiguidade, praticavam o que se convencionou chamar dúvida sistemática. Para eles, as verdades absolutas eram inexistentes ou humanamente inapreensíveis. No século XVII, Descartes propôs o exercício da dúvida metódica como procedimento para chegar à verdade. Para ele, o ato de duvidar conduz a uma certeza: a existência daquele que duvida. A dúvida radical em relação às verdades metafísicas transcendentes (Deus) é marca do positivismo, estreitamente associado ao pensamento científico dos séculos XIX e XX.

     
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