Astronomia na Idade Média e no Islã

Para a civilização muçulmana, o conhecimento do céu constituía uma disciplina afim às próprias crenças religiosas, pois permitia encontrar em qualquer ponto da abóbada celeste o caminho para Meca e, conseqüentemente, oferecia um referencial para que o crente assumisse a posição correta para as preces cotidianas. Os astrônomos islâmicos, porém, foram bem além do uso religioso da astronomia. Embora interessados principalmente na astrologia, traduziram as obras antigas, compilaram tábuas que regulavam os movimentos celestes, apuraram a precisão dos instrumentos de medição e registro já existentes, como o astrolábio, e realizaram novas observações. Enquanto isso, nos reinos cristãos imperava ainda o sistema de Aristóteles. Só no século XII da era cristã se reavivou o interesse pela astronomia. Em 1270 Afonso X o Sábio, rei de Castela, fez publicar as Táblas alfonsíes, que descreviam supostos caminhos percorridos pelos astros e também se baseavam no sistema de círculos de esferas. No final da Idade Média, as viagens de Colombo e Fernão de Magalhães, que demonstraram definitivamente a esfericidade da Terra, bem como a multiplicação dos conhecimentos propiciada pela imprensa, levaram ao descrédito os antigos sistemas astronômicos.

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Astronomia no Renascimento
Astronomia nos Séculos XVIII, XIX e XX
Instrumental e Metodologia
     
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