Simone Weil
(1909 - 1943)

A ânsia de justiça dominou a vida de Simone Weil. Sua progressiva inclinação para o misticismo, porém, foi vista com reservas por pensadores e religiosos.

Simone Weil nasceu em Paris, em 3 de fevereiro de 1909, numa família judia abastada e culta. Estudou filosofia na École Normale Superieure, exerceu o magistério e colaborou em jornais de esquerda. Entre 1934 e 1935, trabalhou como operária numa fábrica de automóveis para conhecer os efeitos psicológicos do trabalho fabril e se convenceu da inviabilidade da revolução social. Militou então no movimento anarquista e engajou-se com os republicanos na guerra civil espanhola, entre 1936 e 1938. Atuou numa cozinha de campanha, pois princípios pacifistas impediam-na de empunhar armas. Uma experiência mística, em 1938, conduziu-a ao existencialismo cristão na linha de Kierkegaard.

De regresso à França, Weil transferiu-se para Marselha, depois que Paris foi ocupada, e passou a colaborar em jornais ligados à Resistência. Viajou com a família para os Estados Unidos em 1942, mas logo voltou a Londres, onde continuou a militância anti-nazista. Cada vez mais mística, dedicou-se à elaboração de uma obra em que valorizava os "motivos gregos" -- o misticismo, a iluminação e a caridade -- em relação aos "motivos romanos" -- a prática, o poder e a organização. Em resultado de uma greve de fome em apoio a seus conterrâneos, Simone Weil morreu em Ashford, Inglaterra, em 24 de agosto de 1943. Entre seus textos, publicados postumamente, destacam-se La Pesanteur et la grâce (1947; A gravidade e a graça), L'Enracinement (1949; O enraizamento) e Oppression et liberté (1963; Opressão e liberdade).

     
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