Santo padroeiro das ciências naturais, Alberto Magno procurou adaptar as teorias de Aristóteles à filosofia cristã, e recuperou para a cultura ocidental os estudos científicos do grande pensador.
Santo Alberto Magno nasceu em Lauingen, Suábia, por volta do ano 1206, no seio de uma família nobre alemã. Depois de estudar na Universidade de Pádua, ingressou na ordem de são Domingos, fundada pouco antes. Continuou os estudos em diversas cidades da Itália e depois lecionou teologia em Colônia e na Universidade de Paris, onde conheceu a obra aristotélica de Averróes. Desempenhou vários cargos de relevo na ordem dominicana, e chegou a bispo de Regensburg. Viajou por toda a Europa, entrando em contato com as mais relevantes tendências do pensamento, e organizou um studium generale (centro de estudos) em Colônia, onde passou a maior parte da vida.
Especulando sobre o conhecimento da verdade, Alberto Magno procurou demonstrar que se podia alcançá-la tanto por meio da revelação e da fé, quanto da filosofia e da ciência -- não havia contradição entre esses dois caminhos. Embora houvesse mistérios acessíveis somente à fé, alguns aspectos da doutrina cristã, como a imortalidade da alma, podiam ser compreendidos também pela razão. A importância dada à razão viria a ser uma das principais características da filosofia de seu mais notável discípulo, santo Tomás de Aquino.
De especial interesse foram os estudos de santo Alberto sobre Aristóteles, nos quais introduziu comentários e descrições de suas próprias observações e experiências nos campos da biologia, da astronomia e das matemáticas. Suas obras completas foram reunidas numa edição de 21 volumes publicada em Lyon (1651) e reeditada em Paris de 1890 e 1899. O Albertus-Magnus-Institut de Colônia publicou uma edição crítica dessas obras entre 1951 e 1971 (Editio coloniensis).
Alberto Magno morreu em Colônia a 15 de novembro de 1280 e foi canonizado em 16 de dezembro de 1931.