Sociólogo, filósofo e jornalista, Raymond Aron foi um dos mais brilhantes intelectuais franceses do século XX e se notabilizou sobretudo por sua posição crítica quanto às ortodoxias políticas.
Raymond-Claude-Ferdinand Aron nasceu em Paris, em 14 de março de 1905. Formado pela École Normale Supérieure, lecionou na Sorbonne, na Universidade de Toulouse e na École Nationale d,Administration, mas foi a permanência na Alemanha de Weimar, como professor de filosofia, que marcou mais profundamente sua formação intelectual. Durante a segunda guerra mundial, depois de ter publicado Introduction à la philosophie de l'histoire (1938; Introdução à filosofia da história), serviu na força aérea e depois uniu-se ao movimento França Livre, dirigido no exílio pelo general De Gaulle. Foi então editor de La France Libre, editado em Londres.
Em um de seus livros mais conhecidos, L'Opium des intellectuels (1955; O ópio dos intelectuais), questionou Jean-Paul Sartre e os marxistas por seu apoio incondicional à União Soviética. Em De Gaulle, Israël et les juifs (1968; De Gaulle, Israel e os judeus) manifestou seu apoio ao estado de Israel. Empreendeu também, em diferentes obras, um estudo comparado dos regimes calcados no modelo soviético e no ocidental sob os aspectos econômico, social e político.
Aron foi ainda influente colunista do jornal parisiense Le Figaro, de 1947 a 1977, e da revista L'Express, de 1977 a 1983. Morreu em Paris, em 17 de outubro de 1983, ano em que foram publicadas suas Memórias.