Principal pensador da "teoria crítica" na década de 1930, Horkheimer voltou a ficar em evidência no final dos anos 1960 como um dos inspiradores do movimento estudantil que abalou a França e boa parte do mundo.
Max Horkheimer nasceu em Stuttgart, Alemanha, em 14 de fevereiro de 1895. Filho de um abastado fabricante de têxteis, preferiu dedicar-se à filosofia, sua vocação desde a mocidade. Em 1930 tornou-se professor em Frankfurt, onde fundou, juntamente com Theodor Adorno, o Instituto de Pesquisas Sociais, dedicado à pesquisa interdisciplinar entre filósofos, sociólogos, estetas, economistas e psicólogos, mais conhecido pelo nome de Escola de Frankfurt. Essa instituição lançou os fundamentos da teoria crítica, expressão que designa um conjunto de idéias sobre a cultura contemporânea, baseadas no marxismo mas abertas para as influências que o pensamento em movimento exerce sobre as premissas teóricas.
Em 1934, diante da ameaça nazista, Horkheimer emigrou para os Estados Unidos, convidado pela Universidade de Colúmbia. Em 1947 publicou Eclipse of Reason (O eclipse da razão) e no mesmo ano, em parceria com Adorno, Dialektik der Aufklärung (1947; Dialética do esclarecimento). A partir de 1949, publicou pela Universidade de Colúmbia Studies in Prejudice (Estudos sobre o preconceito). Retornou então à Alemanha, retomou a cadeira de filosofia em Frankfurt e reconstruiu o Instituto.
Quando os textos da juventude se transformaram em força política, declarou que somente as idéias da metafísica, da religião e da moral podem lançar alguma luz num mundo cada vez mais atolado na violência e no terrorismo. Horkheimer morreu em Nuremberg, em 9 de julho de 1973.