Louis Althusser
(1918 - 1990)

Apesar da dilaceração de sua vida emocional, o filósofo Althusser fascinou os jovens da década de 1960 e imprimiu unidade à reflexão marxista, cujas bases teóricas consolidou.

Louis Althusser nasceu em Biermandreis, Argélia, em 1918. Passou a segunda guerra mundial em um campo de concentração na Alemanha e, embora católico na juventude, em 1948 ingressou no Partido Comunista Francês. Na Escola Normal Superior, de Paris, formou uma equipe de grande importância para a discussão de seu pensamento. Tanto que Pour Marx (1965; Em defesa de Marx) ainda é obra coletiva. Lire le Capital (1964-1965; Leitura do Capital, em colaboração com J. Rancière e P. Macherey), enfeixa o melhor de sua contribuição.

Althusser chama a atenção para as duas fases do trabalho teórico de Marx, mostrando que só a de 1845 em diante é efetivamente materialista e científica, dialética e revolucionária. Ligando-se a um grupo que congregava Claude Lévi-Strauss, Michel Foucault, Roland Barthes e Jacques Lacan, Althusser rejeita o humanismo em benefício de um "socialismo científico". Autor ainda de Lénine et la philosophie (1969), exerceu explosiva influência no movimento estudantil de março de 1968. Seus últimos anos foram marcados pela tragédia. Tomado por crises de psicose maníaco-depressiva, estrangulou a mulher em 1980 e foi internado em um hospital psiquiátrico. Morreu em Paris em 22 de outubro de 1990.

     
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