Karl Raymund Popper nasceu em Viena em 28 de julho de 1902. Após estudar matemática, física e psicologia na Universidade de Viena, iniciou a carreira profissional como professor em escolas primárias e, depois, no ensino médio. Ingressou no Instituto de Psicologia de Viena em 1928, quando começou a escrever. Quando do doutorado, em 1928, estabeleceu contato com os membros do Círculo de Viena, com o qual foi erroneamente identificado, pois na verdade criticou severamente o positivismo lógico que caracterizou o grupo.

Professor de filosofia da Universidade de Canterbury, Nova Zelândia, entre 1937 e 1945, Popper voltou à Inglaterra nesse último ano, como professor de lógica na Universidade de Londres. Membro ativo de diversas organizações internacionais de filosofia, Popper viajou constantemente, ao longo de sua carreira, para proferir conferências em universidades dos Estados Unidos e da Europa. Segundo Popper, o progresso da ciência se faz em três etapas: a colocação de um problema, a apresentação de soluções provisórias e a tentativa de refutar essas conjecturas. Essa concepção é radicalmente oposta ao raciocínio indutivista, que se resume também em três etapas: observação, generalização dos resultados observados em leis e confirmação das leis gerais.

Agraciado por muitos títulos honoríficos, inclusive o de Sir e de professor emérito da Universidade de Londres, Popper escreveu, entre outras obras, Logik der Forschung (1934; Lógica da pesquisa), The Open Society and Its Enemies (1945; A sociedade aberta e seus inimigos) e The Poverty of Historicism (1957; A miséria do historicismo). Karl Popper morreu em Croydon, Inglaterra, em 17 de setembro de 1994.