Karl Jaspers
(1883 - 1969)

A preocupação do homem com sua própria existência foi o principal tema tratado pelo filósofo Karl Jaspers, um dos mais importantes existencialistas alemães. Rejeitou a violência do nazismo na Alemanha e defendeu, na fase final de sua obra, uma nova unidade de pensamento que denominou "filosofia universal".

Karl Theodor Jaspers nasceu em 23 de fevereiro de 1883 em Oldenburg, Alemanha. Estudou direito e medicina em Heidelberg onde, em 1909, estabeleceu-se como médico. Na clínica psiquiátrica da universidade local firmou sua reputação ao aplicar à prática clínica os métodos da fenomenologia: investigação e descrição dos fenômenos tal como a consciência os percebe, excluindo toda teorização sobre sua causa. Sobre essa experiência, publicou Allgemeine Psychopathologie (1913; Psicopatologia geral).

Psychologie der Weltanschauungen (1919; Psicologia das concepções do mundo), inpirada em suas palestras, não é uma obra intencionalmente filosófica, mas já prenunciava os temas fundamentais da filosofia que Jaspers sistematizaria a partir de então. Entre 1920 e 1930, o filósofo dedicou-se a elaborar as idéias que, junto com as de seu compatriota Martin Heidegger, formariam a base do existencialismo alemão.

Os frutos dessa fase apareceram nos livros que publicou no início da década de 1930. Philosophie (1932) é possivelmente a mais sistemática apresentação da filosofia existencialista em língua alemã. Para Jaspers, o homem só toma consciência de si mesmo quando posto em "situações limites", como a luta, a culpa, o sofrimento e a morte. Só encontra a si mesmo por meio do outro e só se torna livre na medida em que o outro se liberta.

Jaspers afastou-se de Heidegger quando este se filiou ao partido nazista. Destituído em 1937 do cargo de professor de filosofia em Heidelberg, foi reintegrado em 1945. Recusou, em 1942, a autorização para deixar o país sem sua mulher, de origem judia. Em 1948 transferiu-se para a Universidade de Basiléia, na Suíça. Em Die grossen Philosophen (1957; Os grandes filósofos), discute até que ponto o pensamento passado pode ser inteligível. Quando morreu, em Basiléia, em 26 de fevereiro de 1969, tinha trinta livros publicados.

     
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