Crítico da doutrina positivista e da ideologia dela resultante, o tecnicismo, o filósofo alemão Jürgen Habermas é um dos mais ilustres representantes da segunda geração da Escola de Frankfurt.
Jürgen Habermas nasceu em Dusseldorf, em 1929, tendo passado os primeiros anos da sua vida em Gummersbach. Graduou-se em 1954 com uma tese sobre Schelling. De 1955 a 1959, colaborou com Theodor Adorno no Instituto de Pesquisas Sociais, conhecido como Escola de Frankfurt. Em 1961 iniciou a carreira docente em Heidelberg e dois anos depois publicou Theorie und Praxis (1963; Teoria e práxis), em que critica o espírito positivista e a consciência tecnocrática das ciências sociais. Inicialmente próximo às lideranças do movimento estudantil, a partir de 1967 tornou-se um de seus adversários. Sua principal tese política é a luta pelo restabelecimento de uma opinião pública democrática e crítica.
Analisou as relações existentes entre o saber e os interesses das classes dominantes em Erkenntniss und Interesse (1968; Conhecimento e interesse), obra ao mesmo tempo histórica e sistemática em que combate a neutralidade pretendida pelo tecnicismo e denuncia o caráter ideológico da ciência e da técnica. Mais tarde, declarou que seus trabalhos publicados eram estágios preliminares de uma teoria que anunciou sob o título Theorie de kommuikativen Handlens (Teoria do agir comunicativo).
Em 1971, Habermas assumiu a direção do Instituto Max-Planck, em Starnberg, Baviera. Em 1983, fixou-se na Universidade Johan Wolfgang Goethe, de Frankfurt.