Alain
(1868 - 1951)

Filósofo e professor, Alain influenciou várias gerações, graças à ênfase que dava ao ato de pensar e não à transmissão de uma doutrina previamente codificada.

Émile-Auguste Chartier, conhecido pelo pseudônimo de Alain, nasceu em Mortagne-au-Perche em 3 de março de 1868. Licenciado em filosofia, lecionou em liceus provincianos e posteriormente em Paris. Em 1903 iniciou a publicação de artigos diários ("propos") em jornal, atraindo de imediato a atenção pela alta qualidade literária. Esses artigos foram reunidos e publicados em Propos (1908; Considerações), livro que se tornou clássico.

Em 1914, alistou-se para lutar na guerra, primeiro como artilheiro e depois como telefonista, período em que escreveu várias obras, como Système des beaux-arts (1920; Sistema das belas-artes) e Mars, ou la guerre jugée (1921; Marte, ou a guerra julgada). Terminada a guerra, reassumiu a cadeira de filosofia em Paris e nos anos seguintes publicou, entre outros, Les dieux (1934; Os deuses) e Histoire de mes pensées (1936; História de meus pensamentos). Seus Propos, publicados entre 1906 e 1951, contemplam a política, a economia, a religião, a educação e a estética.

Sua obra não encerra caráter sistemático e está repleta de matizes e até de aparentes contradições. Tentava despertar a reflexão pelo estímulo à mente, sem impor um sistema previamente sintetizado. Intransigente defensor da liberdade do pensamento e do indivíduo diante de qualquer poder constituído, recebeu em 1951 o Grande Prêmio Nacional de Literatura. Individualista ferrenho, Alain morreu em Le Vésinet, perto de Paris, em 2 de junho de 1951.
     
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