A palavra fenomenismo surgiu na segunda metade do século XIX, embora a idéia por ela representada remonte à antiguidade clássica e à Idade Média.
Doutrina filosófica segundo a qual só é dado ao homem conhecer fenômenos, ou seja, manifestações fenomênicas da realidade, sem atingir uma possível coisa em si (essência) porventura situada além da realidade sensível. Para o fenomenismo, a percepção sensorial é a única forma segura de apreensão da realidade, ou seja, só é possível apreender o que se apresenta à percepção humana sob a forma de aparência sensível. O fenomenismo radical nega a existência da coisa em si, ou do número, objeto inteligível que para essa doutrina é impossível. As doutrinas gnosiológicas são menos radicais. Persistem num fenomenismo relativo, mas desinteressam-se igualmente do conhecimento da essência inacessível.
Foi nos séculos XVII e XVIII, com os filósofos ingleses Thomas Hobbes, George Berkeley e David Hume, mais o francês Étienne Bonnot de Condillac, que o fenomenismo se desenvolveu. Adquiriu forma própria com a filosofia de Kant, que construiu seu idealismo transcendental com base no fenomenismo. No século XIX, Auguste Comte e os positivistas em geral, além do filósofo inglês John Stuart Mill sustentaram posições compatíveis com o fenomenismo.