Ramos da História


História Social

Historiadores como Lucien Febvre, Marc Bloch e, sobretudo, Fernand Braudel dirigiram a atenção para o estudo da história como ciência social. Bloch e Braudel, ao contrário do que sustentava a escola positivista, afirmaram que as fontes indiretas e imateriais eram válidas e que a observação direta era possível. Segundo eles, as formas de vida e os costumes ancestrais sobreviviam em muitas comunidades humanas do presente, por serem mais estáveis e longevos do que os acontecimentos particulares. Por influência do estruturalismo, esses historiadores deduziram que a sociedade possui aspectos inerentes a sua própria estrutura: fenômenos que guardam relação entre si e que têm causas profundas muitas vezes desconsideradas pelo historiador.

À medida que o estudo histórico se concentra na época contemporânea, a observação direta torna-se mais freqüente. Os acontecimentos concretos, de curta duração, em muitos casos não podem ser observados diretamente, mas sim os de longa duração, cujos aspectos essenciais se reproduzem no tempo. Esse método, seguido pela escola braudeliana francesa, buscou considerar o homem na sua totalidade, dedicando atenção a aspectos anteriormente pouco apreciados, como a vida diária das civilizações, as causas profundas das oscilações da economia etc. O conceito da história em relação com as ciências sociais foi antecipado por Charles-Victor Langlois no final do século XIX. As obras de Braudel constituem outro marco dessa orientação.

História Econômica

Desde meados do século XIX, a história econômica é considerada de fundamental importância para a compreensão das relações sociais e políticas. Sua relação com a teoria econômica é clara. No período entre a primeira e a segunda guerras mundiais, estudos de economistas como John Maynard Keynes apresentaram grandes coincidências de método com o trabalho de historiadores da mesma época, concentrando-se na análise dos ciclos e das conjunturas da economia. Após a segunda guerra mundial realizaram-se estudos de tipo macroeconômico, dissociados da orientação conjunturalista, mais dedicada à observação de mudanças imediatas.

Veja também:
A História como Ciência
Ciências Auxiliares da História
Classificação
Filosofia da História
Fontes Históricas
Interpretação Crítica das Fontes
Métodos da História

     
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